02 de setembro de 2013

Suplementação alimentar movimenta cerca de R$ 1 bi ao ano no Brasil

Da Redação

A despeito de sofrer com gargalos em sua regulamentação, o setor de suplementação alimentar movimenta cerca de R$ 1 bilhão por ano no mercado brasileiro, levado pelo aumento na renda do brasileiro, da prática de atividades físicas, da busca incessante pelo corpo perfeito ou para ter mais qualidade de vida.

Dentro desse filão, a nutrição esportiva é um dos que mais crescem. Pesquisa da consultoria Euromonitor, de 2010, mostra o Brasil como o segundo maior mercado da América Latina (México, em primeiro), com vendas que atingiram US$ 138 milhões, alta de 27% sobre 2009. No mundo, o país dividia com a Alemanha 3% das vendas mundiais (o maior mercado são os Estados Unidos), que atingiram US$ 5 bilhões há três anos, segundo a Euromonitor.

A secretária-executiva da Associação Brasileira das Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri), Karina Kwasnicka, diz que o mercado brasileiro é relativamente novo e há muito o que crescer. “O brasileiro é ávido por estética, muito mais até do que por performance (em atividade física). O aumento do conhecimento das pessoas aumentou a procura por esses produtos”, diz.

A falta de regulamentação brasileira para alguns insumos importados, o contrabando, o dólar alto e a compra pela internet de produtos no mercado americano são apontados como pontos sensíveis. Ainda assim, empresas que antes existiam somente aos atletas de alta performance e que foram levadas a incrementar seu portfólio por conta das mudanças nos hábitos da população, comemoram os resultados.

Engana-se quem aposta que alimento de atleta tem de ser só proteína em pó, creatina, bebidas esportivas, clara de ovo e barrinhas de proteína. Também há disponível no mercado produtos como panquecas, cup cakes, barrinhas e waffles para aqueles que querem ter o corpo sarado sem perder o prazer de comer. Mas, nem tudo é industrializado no mercado da suplementação. A descoberta pela ciência do poder milagroso de sementes como chia, quinua, linhaça e amaranto disparou o crescimento do setor de alimentação natural.

A maior parte das vendas do mercado de suplementação alimentar se concentra nas chamadas Healthfood shops, que representam 92% do total. As demais são distribuídas entre farmácias e drogarias (4,2%) e internet (3,7%), segundo a Euromonitor. As academias de ginástica também recebem parte das vendas.

Esta e outras reportagens foram publicadas na íntegra no suplemento especial Pequenas e Médias Empresas, encartado na edição impressa do jornal Valor Econômico do último dia 30 de agosto, e também estão disponíveis para assinantes no site www.valoreconomico.com.br
Fonte: Valor Econômico

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