04 de abril de 2019

Sua farmácia: a força do associativismo

O ambiente competitivo no Brasil é alvo constante de reclamações dos empresários brasileiros. Mas muitos desses estão à procura de uma solução mágica de prosperidade, esperando que os governantes diminuam a carga tributária ou proponham uma lei que beneficie seu segmento de atuação. E isso é um problema muito sério.

Divido o mundo empresarial em dois grupos: os empresários que vivem em um constante processo de vitimização. Assim, se a empresa não vai bem, a culpa do insucesso é do governo, do mercado, da crise. Por outro lado, temos os empresários que são protagonistas de seus negócios, buscando dentro das suas competências soluções para os desafios. Vítimas enxergam tudo como problemas, protagonistas enxergam desafios. E isso com certeza faz toda a diferença na vida.

Mas como encarar os desafios? Para os empresários, sobretudo das pequenas e médias empresas, a saída é buscar se associar a agrupamentos, que podem ser no modelo de franquia, licenciamento de marca ou de associativismo. Independente do formato, a junção de várias empresas em torno de um objetivo comum aumenta a possibilidade de êxito.

Posso afirmar isso, pois estou no movimento associativista há 20 anos. Já vivenciei e colaborei com o fomento de associações de diversos segmentos. A melhoria individual e coletiva dos participantes e suas empresas são visíveis. Esses empresários passarem a conviver de uma forma mais efetiva e afetiva entre si, uma vez que eram, até então, concorrentes, o que faz com que sejam mais empreendedores. Outro ponto importante é que essas empresas unem forças para compras em conjunto, possuem ações de marketing compartilhadas e administração profissionalizada, dentre outros aspectos que só são possíveis de realizar de forma coletiva.

Ao participar de uma associação, a empresa se torna mais competitiva. Mas, como nem tudo é perfeito, mesmo no associativismo também temos empresários vítimas e empresários protagonistas, e lidar com essa situação é o maior desafio dos dirigentes das associações empresariais.

Como fazer?

Os resultados são muito positivos, como aponta estudo recente que coordenamos para entender como estava o nível de empreendedorismo dos nossos associados. Analisando uma amostragem de 2.264 lojas vinculadas à Febrafar, foi verificado que 31% dessas farmácias apresentaram crescimento acima da média do mercado, 49% ficaram na linha padrão de crescimento e 20% abaixo da média.

Outros elementos para o crescimento foram, por exemplo, a utilização com frequência de ações de marketing, treinamento contínuo e o reconhecimento do poder da coletividade na contribuição para o êxito individual.

Artigo escrito por Edison Tamascia, empresário e presidente da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar)

Fonte – O Dia

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