08 de setembro de 2014

Estudo da Alanac revela que farmacêuticas nacionais ultrapassaram estrangeiras em vendas do 1º semestre

Da Redação
As farmacêuticas de capital nacional superaram as multinacionais em faturamento no primeiro semestre de 2014. É o que aponta estudo da Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais, a Alanac. As companhias brasileiras registraram faturamento de R$15,7 bilhões entre janeiro e junho de 2014, 51% das vendas totais, que somaram R$30,9 bilhões. As multinacionais faturam R$15,2 bilhões no mesmo período, 49% do total.

A participação das companhias brasileiras no faturamento do setor farmacêutico está em evolução. Era de 48,7% nos seis primeiros meses de 2013, quando o faturamento atingiu R$13,3 bilhões. As vendas das nacionais apresentaram crescimento de 18% em faturamento no primeiro semestre deste ano, ficando acima da média do mercado total, que foi de 13,2%.

“A indústria farmacêutica brasileira vem ganhando competitividade, progressivamente. Por essa razão, muitas multinacionais desistiram de produzir e comercializar localmente algumas linhas de produtos dos mercados de genéricos e similares”, explica Henrique Tada, presidente executivo da Alanac.

Em unidades, as empresas nacionais responderam por 59% das vendas (884,3 milhões), que atingiram a marca de 1,4 bilhão de unidades. O crescimento das vendas em volume foi de 12% no período, ficando também acima da média do mercado total que cresceu 7,8%.
POR CATEGORIA

Os laboratórios de capital nacional fabricam hoje 71% dos genéricos comercializados no país, em unidades. É a categoria em que as companhias brasileiras são mais fortes. Entre os similares, as nacionais respondem por 68% das vendas. Entre os produtos originais, conhecidos por medicamentos de referência, a participação das nacionais fica em 18%.

“A indústria de capital nacional depende do faturamento dos seus produtos similares e genéricos para investir e desenvolver produtos inovadores. Contudo, o setor produtivo nacional carece de regulação adequada para viabilizar a pesquisa e desenvolvimento de produtos inovadores e, assim, amplie sua participação também na categoria de produtos de referência”, analisa Tada.

Na divisão entre produtos vendidos com prescrição médica, as nacionais respondem por 53% das vendas em unidades. Entre os produtos isentos de prescrição, a participação é idêntica, também de 53% para as empresas brasileiras. “Deixamos de ser apenas uma indústria de prateleira. Hoje, conquistamos a preferência da classe médica com muito trabalho de aproximação e convencimento da qualidade, segurança e eficácia dos nossos produtos”, explica.

No Programa da Farmácia Popular, a indústria farmacêutica nacional também tem números mais expressivos de participação neste mercado de ampliação de acesso ao medicamento pela população, sendo 60% em vendas e 63% em unidades. A Alanac também mapeou as categorias de medicamentos que mais impactam as vendas das empresas brasileiras em volume. Veja:

1º analgésicos não narcóticos…………………………5%

2º antirreumáticos não esteroidais…………………..4%

3º ant puro angiotensina………………………………..4%

4º contraceptivos hormonais sistêmicos…………..4%

5ª antidepressivo e estabilizador do humor………4%

6º antiulcerosos……………………………………………4%

7º relaxante muscular de ação central……………..3%

8º regulador de colesteral……………………………….3%

9º expectorantes…………………………………………….3%

10º produtos para disfunção eréctil…………………..2%
Fonte: Conteúdo Comunicação

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